Na noite de sexta-feira, 27 de junho de 2025, às 19h, realizou-se mais um encontro de formação continuada, com foco na avaliação do trabalho pedagógico de inclusão digital no Projeto “Cinema como Linguagem na Alfabetização de Jovens, Adultos e Idosos”.
1. Inclusão Digital no Círculo de Cultura
A) Passos Metodológicos
O primeiro ponto abordado foi a análise das respostas dos nove formulários Google Docs sobre o uso dos tablets no processo de inclusão digital nas turmas de alfabetização.
Essa proposta pedagógica tem como objetivo o uso do tablet como instrumento de inclusão digital, visando à produção de curtas-metragens com duração de 8 a 10 minutos. Para sistematizar a metodologia, foi aplicado um formulário específico com o título: “Metodologia de Uso dos Tablets na Alfabetização de Jovens, Adultos e Idosos – Junho /2025”
Esse instrumento teve o propósito de colher informações sobre as práticas dos educadores, mesmo com as orientações já repassadas durante as oficinas e formações.
B) Orientações Metodológicas Enfatizadas:
O alfabetizador deve estimular o manuseio do tablet/celular, apresentando os recursos de forma gradual, respeitando o ritmo da turma.
Exploração das funcionalidades básicas: teclado (alfabeto), dicionário, calendário, calculadora e galeria de imagens.
Utilização do tablet/celular para: fotografia, filmagem, produção e edição de vídeos e clipes realizados pelos alfabetizandos.
Proposição de atividades que envolvam a produção de frases e pequenos textos, uso do teclado com letras, números e símbolos, além da produção de imagens (foto e vídeo).
Nas localidades com internet, houve uso de aplicativos como WhatsApp e YouTube.
A prática fortalece a valorização da 7ª arte (cinema) e a luta coletiva por um cinema acessível na cidade.
C) Dificuldades Iniciais Apontadas:
Ligar e desligar os aparelhos;
Acesso à senha dos tablets;
Necessidade constante da alfabetizadora em auxiliar individualmente os alfabetizandos nas primeiras aulas.
2. Devolutiva da Avaliação das Observações Pedagógicas nas Turmas.
A) Pontos Positivos:
Baixa evasão nas turmas e participação ativa dos alfabetizandos;
Organização em círculo de cultura com todos de posse do material necessário;
Bom uso dos cartazes com palavras geradoras, respeitando a sequência metodológica e promovendo debate crítico;
Auxílio individualizado por parte dos alfabetizadores;
Correção coletiva das palavras formadas em casa e durante os encontros;
Escrita das palavras em caixa alta e cursiva, respeitando o processo de cada alfabetizando;
A maioria dos alfabetizandos já identifica vogais, consoantes, escreve palavras e frases curtas, compreende sílabas e realiza registros numéricos;
Boa aceitação dos temas abordados e dos curtas-metragens discutidos no círculo;
Convívio coletivo harmônico entre alfabetizandos e alfabetizadores;
Lanche servido pontualmente durante os encontros.
B) Pontos a Melhorar:
Seguir com mais rigor os passos metodológicos do Caderno 1 – “Alfabetizar é Libertar” (2020);
Estimular maior participação nas discussões a partir da palavra geradora;
Questionar os alfabetizandos sobre o significado das palavras, quantidade de sílabas e letras, utilizando o dicionário físico ou digital em caso de dúvidas;
Intensificar a leitura coletiva e individual para melhorar a compreensão dos sons e significados.
C) Sugestões:
Realizar releitura coletiva do Caderno 1 – “Alfabetizar é Libertar”;
Reduzir o uso de atividades impressas e valorizar mais as fichas de descobertas;
Preparar-se com informações atualizadas para os debates;
Usar o dicionário digital do tablet para sanar dúvidas ortográficas e de acentuação;
Disponibilizar fichas com números para demonstrar os movimentos da boca na pronúncia durante as atividades no Círculo de Cultura.
Essa formação reafirma a importância da integração entre linguagem, tecnologia e cultura como estratégias de alfabetização crítica e inclusiva, fortalecendo o protagonismo dos educandos e educadores no processo.
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