segunda-feira, 29 de abril de 2024

Formação para alfabetizadores de jovens, adultos e idosos e aniversário de Madalena Tôrres - 27/04/2024

Na tarde de 27/04/2024 (sábado), às 14h30min, foi realizado mais um encontro da formação inicial para alfabetizadores de jovens, adultos e idosos, coordenado pelo Cepafre em parceria com a UnB, no Polo de Extensão da UnB (Ceilândia).                                                                                      Madalena apresentou Gilberto Ribeiro, um dos organizadores de nosso caderno que integra a coordenação do Movimento Popular por uma Ceilândia Melhor (Mopocem). Ele nos convidou para fazer parte do Fórum EJA e informou que o ENEJA  acontecerá de 01 a 04/08/2024, em Belém/PA. Em seguida, Madalena nos apresentou Danielle Estrêla, que assim como Gilberto é uma das organizadoras de nosso caderno e é vice-presidenta do CEPAFRE. Mais duas associadas nos foram apresentadas, a saber: Marilda Medeiros, educadora social, agente de leitura, moradora do setor O e Nina Fernandes, cujo nome é Marlete. Ela é professora de língua portuguesa, arte-educadora e adora escrever, conforme contou. Nina nos falou sobre seu amor pelo CEPAFRE nesses 34 anos de história e muita luta pela educação. Ao final de sua fala, ela nos emocionou declamando seu poema chamado “Colcha de Retalhos” e, em seguida, recitou “Paulo Freire, o Construtor de Diálogos de Esperança”, também de sua autoria.                                                            Encerrando este momento, Gilberto disse que Nina é servidora da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão - SECADI/MEC e frisou que essa Secretaria foi extinta no governo anterior, sendo retomada no governo atual.


Como exercício proposto na noite de ontem, Madalena indagou quem havia elaborado perguntas em torno da palavra lote, a primeira palavra geradora de nosso Círculo de Cultura. Simone apresentou suas perguntas: quais são as consequências da falta de planejamento urbano? Quais problemas sociais e ambientais estão relacionados com o crescimento urbano dessas cidades? O que são problemas socioambientais urbanos? O grupo ouviu e Madalena orientou que, nesse primeiro momento, as perguntas precisam ser as mais simples possíveis e propôs algumas: todos têm um lote? Como fazer para conseguir um lote? Auxiliadora apresentou as suas: o que significa a palavra lote? Quais as dificuldades para adquirir um lote? Lucilene também trouxe as perguntas elaboradas por ela. Dando sequência, Madalena retoma a página 39 do nosso caderno e, em torno da palavra lote, leu as questões dos itens “debate ou roteiro” e da “orientação prática” para nos explicar como devem ser feitas as perguntas, na perspectiva de que elas sejam elaboradas da maneira mais simples, mais próximas da realidade dos alfabetizandos. Alguns outros cursistas trouxeram as perguntas elaboradas por eles. Mc Docinho formulou uma pergunta voltada ao saneamento básico, as de Suhelem foram voltadas à moradia: todas as pessoas têm acesso à moradia? Quem deve garantir o direito à moradia? Ana Cláudia trouxe uma pergunta que Madalena definiu como chave: O que você deseja mudar em sua cidade? Goete também trouxe sua pergunta: qual a diferença entre lote e casa? Para cada pergunta apresentada pelos cursistas, Madalena acolhia e fazia uma explicação.  Reforçou que algumas palavras mais complexas, como por exemplo, a palavra “acesso”, nós devemos evitar usar de início. Adriana, dando continuidade, falou sobre a importância da figura do observador nos Círculos de Cultura para, ao observar, registrar as falas, as perguntas dos alfabetizandos e as perguntas feitas pelo alfabetizador durante o encontro. Ela deu sequência à explanação em torno da palavra lote, repetindo a mesma, solicitando que a turma lesse coletivamente e pedindo para que algumas pessoas lessem individualmente para todo o grupo. Este momento foi como se estivéssemos sendo alfabetizados por ela, que apresentou  um conjunto de cinco cartazes contendo a palavra lote, sendo o penúltimo com as famílias da palavra LO – TE. Explicou que, inicialmente, pode ser que os alfabetizandos não saibam que se trata de uma separação por sílaba, mas que alguns podem já conhecer as sílabas. Por último, ela apresentou o cartaz contendo as famílias: LA, LE, LI, LO, LU e TA, TE, TI, TO, TU em duas linhas diferentes, e pediu que identificássemos o que existe de igual na primeira linha e circulássemos em nosso caderno (no caso, a letra L) na página em que consta o alfabeto completo. Em seguida, a turma leu repetidas vezes cada uma das famílias e, por solicitação de Adriana, alguns cursistas leram individualmente, bem como, leram palavras formadas por ela, conforme apontava no quadro sílabas de cada uma das famílias. Terminada essa etapa, Adriana nos apresentou a ficha de descoberta em miniatura, a qual cada alfabetizando deverá ter. Com isso, a partir dos pedidos de Adriana, começamos a formar palavras. A primeira palavra formada foi Tati e Ana Cláudia disse que é o nome de sua irmã. Adriana nos convidou a ler e escreveu a palavra nas duas formas: em letra caixa alta e cursiva. A segunda palavra, lata, foi formada por Simone e Adriana repetiu o processo: pediu que lesse, perguntou o significado da palavra  e escreveu no quadro em dois formatos, tal qual foi feito com a primeira palavra. Ao ser formada a palavra tito, por Danielle, se referindo ao título para votar, Adriana sugeriu que trouxéssemos o título de eleitor para verificarmos a grafia. Danielle indagou se não seria oportuno utilizar o dicionário na sala e Adriana explicou que por ser o primeiro encontro do Círculo de Cultura seria mais interessante sugerir trazer o documento e ainda conversarmos sobre o significado do título de eleitor. Madalena explicou que costuma ter pedaços de cartolina onde ela escreve a forma que o alfabetizando ditou e a forma que está no dicionário, a fim de que o mesmo faça as descobertas em torno das palavras. Disse que só faz isso quando o dicionário circulou entre todos os alfabetizandos e que é necessário que desde o primeiro dia do Círculo, o alfabetizador tenha um dicionário em sua mesa. Ainda na primeira parte de nosso encontro, Adriana nos orientou sobre a “Integração das noções matemáticas...”(p.44). Iniciou perguntando quantos somos e fixou no quadro o número 15, que corresponde ao nosso total. Em seguida, perguntou quantos faltaram hoje, colou o número 8 e efetuou a soma.                                                                   
Madalena explicou que os alfabetizandos deverão apontar o número e apresentá-lo no quadro. Além disso, precisamos indagar quantas palavras formamos, quantas tivemos dificuldade em formar. Assim, seguiremos garantindo a integração matemática. Às 15h45min, fomos para o lanche e também comemorar o aniversário de Madalena. Às 16h11min retornamos à sala e Madalena nos entregou uma ficha denominada “Sondagem” para aplicar com os educandos e educandas. Porém, antes de apresentar cada item da ficha, ela reforçou a importância de nosso comprometimento e responsabilidade com os alfabetizandos e salientou: “talvez seja a última chance dele”. Na sequência, passou a explicar cada um dos treze itens da sondagem dos/as Educandos/Educandas. Ela destacou que a sondagem é reveladora para os alfabetizadores e disse que ninguém terá uma turma homogênea.  Ela apresentou recursos pedagógicos que podemos preparar junto com os alfabetizandos, inclusive utilizando recortes e colagem e tampinhas de garrafa. Às 16h46min, Danielle Estrêla se despediu da nossa turma e reforçou o convite, anteriormente, feito por Madalena, para que possamos apoiar o CEPAFRE na revisão do caderno “Alfabetizar é libertar”, que já está em andamento. Madalena seguiu o encontro falando sobre o teste de acuidade visual e nossa turma fez leitura coletiva das páginas 26, 27 e 28 de nosso caderno. Na sequência, ela fez o teste de acuidade visual com Simone e Mc Docinho fez o mesmo teste com Suhelem e Lucilene. Ao final, Madalena lamentou a ausência de colegas, hoje. Às 17h17min, Madalena fez as recomendações para segunda-feira, dia 29/04/2024. Ela disse para realizarmos as leituras que ainda não fizemos, que trabalharemos a palavra comida e assistiremos ao vídeo “Vida Maria”, direção de Márcio Ramos (2006). Desse modo, às 22h, nosso encontro chegou ao fim. 






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