sexta-feira, 3 de novembro de 2017

Reunião ampliada do GTPA FÓRUM EJA – DF


Na manhã de sábado (7/10), na Sala 3 da FE 5, Faculdade de Educação, Campus Darcy Ribeiro - UnB,  com a presença de 17 pessoas, o GTPA FÓRUMEJA-DF aprovou que os participantes devem participar  das plenárias regionais e dos GTs, para reformulação das Diretrizes Operacionais da EJA (DOEJA/DF), em andamento, e levem as seguintes propostas, encaminhadas por este coletivo, quais sejam:

1. Que a Matriz Curricular do Primeiro Segmento Presencial (p. 24) seja mantida como está. Somente fazer modificações na Parte Diversificada, integrando-a com a Educação Profissional.

Houve debate acerca dessa proposta, citando-se que o GT de Taguatinga, Ceilândia e Brazlândia tem proposta diferente.

2. Que seja ampliado o trecho acerca do Currículo em Movimento (2014, p. 21), que, atualmente, está assim descrito:
Vale ressaltar que o currículo em Movimento da Educação Básica – Educação de Jovens e Adultos(Distrito Federal, 2014a) considera as diferentes culturas e os diferentes saberes, oportunizando a construção da aprendizagem. A relação entre tempos e espaços é distinta de outras etapas e modalidades da educação básica, devendo-se considerar ainda as diferenças geracionais, diversidade cultural, social e econômica do público a que se destina, bem como suas trajetórias e histórias de vida.

Além disso, o Currículo apresenta os eixos integradores: cultura, mundo do trabalho e tecnologias, como possibilidade para diálogo do conhecimento científico com os saberes trazidos pelos sujeitos e fortalece a organização dos componentes curriculares em áreas do conhecimento em cada segmento, conforme apresentado nas respectivas matrizes curriculares.

·         Foi debatida a necessidade de que seja enfatizado no novo texto que o currículo deve ter um significado de vida e com vida, uma vez que ele pressupõe aprendizagens ativas. Devido a isso, alguns conteúdos podem ser suprimidos, delimitados à realidade do estudante, nos três Segmentos. Sugeriu-se, ainda, que em vez de reduzir o Currículo, que se priorize ressignificar os conteúdos. Discutiu-se, também, que, na prática, além do currículo mínimo, padronizado, nós desenvolvemos outras habilidades que não estão expressas nesse Currículo.

·         Além disso, apontar para a coerência que deve haver, em nossas atividades pedagógicas, entre nossas propostas metodológicas e o Currículo. Vale lembrar que esse Currículo está embasado em aprendizagens ativas. Não deveria, assim, haver propostas fragmentadas, tecnicistas. Isso é uma contradição entre ideologias e mecanismos. 

·         Não permitir que, na prática, as escolas trabalhem com o mínimo do mínimo devido a resistências. Foi Lembrado que somos uma categoria extremamente resistente.

·         Citou-se como exemplo o Currículo de Física, no próprio Currículo em Movimento, que é muito ousado.

·         Ademais, questionou-se “Como viabilizar esse Currículo vivo nessas DOEJA?”. Sugeriu-se que haja direcionamento nas DOEJA para que cada grupo dê movimento ao currículo.

·         Foi dito, ainda, que escolarizar o sujeito é algo para além do currículo.
           3. Que sejam acrescentados desdobramentos sobre a educação profissional.

·         A respeito da implantação de cursos (FIC, Educação Profissional...), ressaltar que é indispensável a participação dos educandos. É necessário saber o que pensam e o que querem. Quando isso acontece, geralmente dá muito certo, além da oportunidade ainda maior de permanência.

·         Foi dito, ainda, para se registrar que os estudantes que são trabalhadores precisam sair da invisibilidade. Daí, manter sempre o diálogo com eles, em todas as etapas do curso.

·         Propor formas diversificadas de ingresso/matrícula nos cursos técnicos (secretaria da escola, 156 etc.), sem excluir nenhuma. Principalmente possibilitar a inscrição via secretaria da escola, sempre (p. 17, DOEJA). Registrar explicitamente: NÃO AO PROCESSO SELETIVO, inclusive com a cobrança de taxas. Propor, ainda, a participação em uma reunião de esclarecimentos como pré-requisito para a matrícula. Desenvolver um tópico acerca da importância do acolhimento do estudante na educação profissional.

·         Ressaltar que uma das dificuldades principais tem sido a integração da base comum com a educação profissional. Nesse sentido, observou-se a necessidade de pensar alguma forma de propor a organização da EJA com a previsão da coordenação coletiva, a despeito das coordenações por área. Lembrar que os coordenadores pedagógicos locais não são por área. E que há outros momentos em que é necessário o encontro de todo o coletivo da escola, como nos Conselhos de Classe, que não estão claramente delineados.

·         Ainda sobre a integração, foi dito que com ou sem integração profissional, é necessário haver integração pedagógica. Se fragmentar não se consegue integrar. Dessa forma, o pontapé inicial deve ser a integração pedagógica.

·         Ainda com relação à integração, constatou-se a necessidade de desenvolver nas novas DOEJA a diferenciação entre Integração Institucional de Currículo e Interdisciplinaridade.

·         Dado o desdobramento principal da rotatividade dentro da EJA Combinada, trazer a Pedagogia da Alternância, conforme a realidade. Nesse sentido, como a escola vai se organizar, depende de sua realidade. É bom ressaltar que a pedagogia da alternância tem sido praticada em escolas do campo.

·         Registrar a validade da Pedagogia da Alternância também para a Educação de Jovens e Adultos Integrada à Educação Profissional. Esse é um formato de oferta que já tem funcionado bem na graduação em Educação do Campo, da UnB, além de outras experiências bem sucedidas como o Pró-jovem campo e no Pipiripau.

4. Que no tema da avaliação na Educação de Jovens e Adultos, se avance na compreensão de que não é nota que deve haver.  É preciso registrar o que foi efetivamente alcançado em termos de aprendizagem.

5. Que seja rejeitada proposta de aumento de uma Etapa na Educação de Jovens e Adultos, devido ao novo Ensino Fundamental de 9 anos. Lembrar que esse aumento de um ano letivo se atrela à idade de ingresso ao Ensino Fundamental Regular, o que não existe na EJA.

6. Que a oferta da EJA continue como modalidade única – não podem existir EJAs diferentes para turnos diferentes. Por exemplo, no caso da EJA para os sujeitos em privação de liberdade, modificar as orientações pedagógicas e não criar outra modalidade de EJA.

7. Na seção “Os sujeitos da Educação de Jovens e Adultos: tempos e possibilidades” trazer os dados dos diagnósticos atuais.

8. Manter os Exames de Certificação nas DOEJA. Não pode retirar. Apenas atualizar e discutir a possibilidade da volta de exames de certificação no Distrito Federal, tanto a oferta, quanto a adesão.
9. Não aceitar regressão na EJA, em hipótese alguma.

10. Na Educação de Jovens e adultos Interventiva, propor que se acrescente a seguinte redação: A EJA Interventiva poderá ter uma oferta diária de 05 horas. Essa uma hora a mais visará a atender à formação para o mercado de trabalho. Inserir as propostas de conteúdos e/ou metodologias no campo “Observações”, na respectiva Matriz Curricular.

11. Inserir propostas sobre como realizar o conselho de classe para nortear o Planejamento Político Pedagógico (PPP) das escolas que ofertam EJA.


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