Na manhã de sábado (7/10), na Sala 3 da FE 5, Faculdade de Educação, Campus Darcy Ribeiro - UnB, com a presença de 17 pessoas, o GTPA FÓRUMEJA-DF aprovou que os participantes devem participar das plenárias regionais e dos GTs, para reformulação das Diretrizes Operacionais da EJA (DOEJA/DF), em andamento, e levem as seguintes propostas, encaminhadas por este coletivo, quais sejam:
1. Que a Matriz Curricular do Primeiro Segmento Presencial (p. 24) seja
mantida como está. Somente fazer modificações na Parte Diversificada,
integrando-a com a Educação Profissional.
Houve debate acerca dessa proposta, citando-se que o GT de Taguatinga, Ceilândia
e Brazlândia tem proposta diferente.
2. Que seja ampliado o trecho acerca do Currículo em Movimento (2014, p.
21), que, atualmente, está assim descrito:
Vale ressaltar que o currículo em Movimento da Educação Básica –
Educação de Jovens e Adultos(Distrito Federal, 2014a) considera as diferentes
culturas e os diferentes saberes, oportunizando a construção da aprendizagem. A
relação entre tempos e espaços é distinta de outras etapas e modalidades da
educação básica, devendo-se considerar ainda as diferenças geracionais,
diversidade cultural, social e econômica do público a que se destina, bem como
suas trajetórias e histórias de vida.
Além disso, o Currículo apresenta os eixos integradores: cultura, mundo
do trabalho e tecnologias, como possibilidade para diálogo do conhecimento
científico com os saberes trazidos pelos sujeitos e fortalece a organização dos
componentes curriculares em áreas do conhecimento em cada segmento, conforme apresentado
nas respectivas matrizes curriculares.
· Foi
debatida a necessidade de que seja enfatizado no novo texto que o currículo
deve ter um significado de vida e com vida, uma vez que ele pressupõe
aprendizagens ativas. Devido a isso, alguns conteúdos podem ser suprimidos,
delimitados à realidade do estudante, nos três Segmentos. Sugeriu-se, ainda,
que em vez de reduzir o Currículo, que se priorize ressignificar os conteúdos.
Discutiu-se, também, que, na prática, além do currículo mínimo, padronizado,
nós desenvolvemos outras habilidades que não estão expressas nesse Currículo.
· Além
disso, apontar para a coerência que deve haver, em nossas atividades
pedagógicas, entre nossas propostas metodológicas e o Currículo. Vale lembrar
que esse Currículo está embasado em aprendizagens ativas. Não deveria, assim,
haver propostas fragmentadas, tecnicistas. Isso é uma contradição entre
ideologias e mecanismos.
· Não
permitir que, na prática, as escolas trabalhem com o mínimo do mínimo devido a
resistências. Foi Lembrado que somos uma categoria extremamente resistente.
· Citou-se
como exemplo o Currículo de Física, no próprio Currículo em Movimento, que é
muito ousado.
· Ademais,
questionou-se “Como viabilizar esse Currículo vivo nessas DOEJA?”. Sugeriu-se
que haja direcionamento nas DOEJA para que cada grupo dê movimento ao
currículo.
· Foi
dito, ainda, que escolarizar o sujeito é algo para além do currículo.
3. Que
sejam acrescentados desdobramentos sobre a educação profissional.
· A
respeito da implantação de cursos (FIC, Educação Profissional...), ressaltar
que é indispensável a participação dos educandos. É necessário saber o que
pensam e o que querem. Quando isso acontece, geralmente dá muito certo, além da
oportunidade ainda maior de permanência.
· Foi
dito, ainda, para se registrar que os estudantes que são trabalhadores precisam
sair da invisibilidade. Daí, manter sempre o diálogo com eles, em todas as
etapas do curso.
· Propor
formas diversificadas de ingresso/matrícula nos cursos técnicos (secretaria da
escola, 156 etc.), sem excluir nenhuma. Principalmente possibilitar a inscrição
via secretaria da escola, sempre (p. 17, DOEJA). Registrar explicitamente: NÃO
AO PROCESSO SELETIVO, inclusive com a cobrança de taxas. Propor, ainda, a
participação em uma reunião de esclarecimentos como pré-requisito para a
matrícula. Desenvolver um tópico acerca da importância do acolhimento do
estudante na educação profissional.
· Ressaltar
que uma das dificuldades principais tem sido a integração da base comum com a
educação profissional. Nesse sentido, observou-se a necessidade de pensar
alguma forma de propor a organização da EJA com a previsão da coordenação
coletiva, a despeito das coordenações por área. Lembrar que os coordenadores
pedagógicos locais não são por área. E que há outros momentos em que é
necessário o encontro de todo o coletivo da escola, como nos Conselhos de
Classe, que não estão claramente delineados.
· Ainda
sobre a integração, foi dito que com ou sem integração profissional, é
necessário haver integração pedagógica. Se fragmentar não se consegue integrar.
Dessa forma, o pontapé inicial deve ser a integração pedagógica.
· Ainda
com relação à integração, constatou-se a necessidade de desenvolver nas novas
DOEJA a diferenciação entre Integração Institucional de Currículo e
Interdisciplinaridade.
· Dado
o desdobramento principal da rotatividade dentro da EJA Combinada, trazer a
Pedagogia da Alternância, conforme a realidade. Nesse sentido, como a escola
vai se organizar, depende de sua realidade. É bom ressaltar que a pedagogia da
alternância tem sido praticada em escolas do campo.
· Registrar a validade
da Pedagogia da Alternância também para a Educação de Jovens e Adultos
Integrada à Educação Profissional. Esse é um formato de oferta que já tem
funcionado bem na graduação em Educação do Campo, da UnB, além de outras
experiências bem sucedidas como o Pró-jovem campo e no Pipiripau.
4. Que no tema da avaliação na Educação de Jovens e Adultos, se avance na compreensão
de que não é nota que deve haver. É preciso registrar o que foi
efetivamente alcançado em termos de aprendizagem.
5. Que seja rejeitada proposta de aumento de uma Etapa na Educação de
Jovens e Adultos, devido ao novo Ensino Fundamental de 9 anos. Lembrar que esse
aumento de um ano letivo se atrela à idade de ingresso ao Ensino Fundamental
Regular, o que não existe na EJA.
6. Que a oferta da EJA continue como modalidade única – não podem
existir EJAs diferentes para turnos diferentes. Por exemplo, no caso da EJA
para os sujeitos em privação de liberdade, modificar as orientações pedagógicas
e não criar outra modalidade de EJA.
7. Na seção “Os sujeitos da Educação de Jovens e Adultos: tempos e
possibilidades” trazer os dados dos diagnósticos atuais.
8. Manter os Exames de Certificação nas DOEJA. Não pode retirar. Apenas
atualizar e discutir a possibilidade da volta de exames de certificação no
Distrito Federal, tanto a oferta, quanto a adesão.
9. Não aceitar regressão na EJA, em hipótese alguma.
10. Na Educação de Jovens e adultos Interventiva, propor que se
acrescente a seguinte redação: A EJA Interventiva poderá ter uma oferta diária
de 05 horas. Essa uma hora a mais visará a atender à formação para o mercado de
trabalho. Inserir as propostas de conteúdos e/ou metodologias no campo
“Observações”, na respectiva Matriz Curricular.
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
Nenhum comentário:
Postar um comentário