Na tarde de sábado (10/06),
ocorreu a reunião do Movimento Popular por uma Ceilândia Melhor (MOPOCEM),
coordenada por Gilberto Ribeiro, para organizar o Seminário de Educação
Ambiental que ocorrerá no 3º sábado do mês de julho (15/7), tendo o professor Perci
Coelho de Souza como palestrante.
Este encontro foi realizado na Casa
da Natureza: AV C 311, condomínio ABCDEUS, Chácara 97, Trecho II do Setor
Habitacional Sol Nascente.
No primeiro momento, Ivanete
Silva dos Santos representante do Centro de Preservação e
Conservação Ambiental (CPCAM) deu as boas vindas aos participantes explanou sobre os objetivos
do CPCAM, fundado em 15/08/2009, com proposta de articular e despertar nas
comunidades a importância da Educação Ambiental e preservação das áreas verdes
(U.C, APA, APP), além de lutar pela criação dos Parques ecológicos e
recreativos, com apoio da comunidade e outros segmentos da sociedade civil.
No segundo momento, Marize
Rocha apresentou o seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) da FE/ UnB, “Lado a
lado: questão ambiental e questão habitacional, um recorte sobre o setor
habitacional Sol Nascente/ Lagoa do Japonês” com base nas nascentes do Sol
Nascente e, principalmente, na luta junto aos órgãos do Governo, pela
preservação da Lagoa do Japonês, o que infelizmente não teve êxito, visto que
as ocupações irregulares tomaram conta do espaço com a ajuda dos grileiros e a
ausência do governo com políticas públicas de moradia, fiscalização e ações
eficazes, para conter a destruição ambiental.
No terceiro momento, foi lida uma carta
com duas páginas e meia, elaborada pelo professor Dr. da UnB, Perci Coelho de
Souza, direcionada ao MOPOCEM sobre as ações do movimento “Grito Social
das Águas”, do Paranoá e do Itapoã, sendo que, primeiro ele apresenta como
surgiu o “Grito social das águas”, conclama a participação do MOPOCEM nessa
luta sobre o que há de comum entre Paranoá e Ceilândia nesta questão da
farsa na chamada “crise hídrica”. Na verdade, por trás de uma grande mentira
sempre há uma grande injustiça social. O que une neste momento de crise, não só
Ceilândia ao Paranoá, mas todas as cidades do DF e Entorno que tem a mesma
história de luta pelo direito à moradia, ao trabalho, à saúde, à educação etc,
é que essa política de racionamento de água nada mais é que repetir a mesma
velha história de segregação socioespacial que sempre foi a marca registrada de
todos os governos do DF que acabam por privilegiar os mais ricos com as
políticas públicas em detrimento à população mais pobre.
O professor, ainda, convida todos
os movimentos sociais de Ceilândia, para essa caminhada da luta pela água no
engajamento no Comitê do Fórum Alternativo Mundial das Águas - FAMA local
de Brasília, a fim de unir no grande grito social das águas e ajudar a realizar
o encontro internacional do FAMA em março de 2018 em Brasília, com previsão de
participação de 5.000 pessoas.
O quarto momento foi de
encaminhamentos que ficaram assim: a) O Seminário de Ceilândia será
realizado no dia 15/7/2017, a partir de 14h, no Auditório da Administração Regional
de Ceilândia; b) Foi formada uma comissão por Gilberto Ribeiro, Iris
Ramos, Ivanete da Silva, Madalena Torres e Marize Rocha, a fim de criar a arte
do panfleto de divulgação do evento, os ofícios e um documento que será
entregue às autoridades. C) Viridiano Custódio e Marcos Machado
ficaram de entregar os ofícios/convites nos seguintes órgãos: Administração
Regional de Ceilândia, Deputados Chico Vigilante, Chico Leite, Luzia de Paula e
Reginaldo Veras, PRODEMA, Instituto Chico Mendes, Sec. de Meio Ambiente, IBRAM;
viabilizar o som com microfone, além de fazerem contato com cantor o Riva
Santana.
O último ponto foi para tratar de
informes, a começar por João Monlevade, membro do Conselho Pleno da FCE, o qual
informou que a FCE/UnB - Ceilândia, conta com seis (6) cursos de graduação na
área de saúde, funcionando no diurno, com 3.100 alunos, 152 professores, em sua
maioria, com mestrado e doutorado. Disse, também, que o MOPUC fez uma reunião
com a reitora Márcia Abrão e a Universidade ficou de fazer um levantamento de
quantos alunos da FCE são realmente moradores de Ceilândia, concomitante a essa
ação, o professor Breitner Tavares vai realizar uma pesquisa com os alunos da
disciplina dele, a fim de levantar as perspectivas de quais os cursos os
estudantes do Ensino Médio e EJA desejariam cursar na FCE. De tal modo, que
esta será a terceira pesquisa em realizada em Ceilândia, provocada pelo MOPUC.
Informou ainda que o IFB -
Ceilândia abriu um curso de graduação (Letras /Espanhol), com 40 alunos, mas só
restam 04. A evasão maior se deu porque os horários chocam com os horários de
trabalho dos estudantes. Nesse sentido, essa incompatibilidade nos horários
provoca desperdício de recursos e não
beneficia os trabalhadores.
Ivanete informou
sobre uma sequência de trabalhos no âmbito da educação ambiental que a casa da
natureza realizará no mês de junho, quais sejam: no dia 13/6(3ª feira),
acontecerá uma atividade no IESB; no dia 17/6(sábado), às 18h, ocorrerá a
apresentação do documentário “SEM CLIMA”, direção de Alceu Luís Castilho e
Fabrício Lima, 41 minutos, na praça do Cidadão, na EQNM 18/20 Ceil. Norte; com
os Jovens de Expressão. No dia 24/6 acontecerá a descida de um grupo de pessoas
preocupadas em preservar as nascentes de Ceilândia, para ir fazer um passeio para
ver o estado das mesmas, atualmente. A concentração será na Praça da Fé, às 8h
da manhã.
Como de costume,
houve um lanche coletivo e, às 17 horas, a reunião foi encerrada.
Participaram da
reunião 14 pessoas e, pelo CEPAFRE, Gilberto Ribeiro, Madalena Torres, Marize
Rocha e Paulo Rocha.
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