A convite da Coordenação de EJA da Regional de Ensino de Brazlândia, por sua vasta e exitosa experiência com Educação Popular pautada na proposta de Paulo Freire, a profª Maria Madalena Torres, vice-presidente do CEPAFRE, foi convidada para ministrar o Curso de Formação para Alfabetizadores e Coordenadores, selecionados pela referida regional, que atuarão no Programa DF Alfabetizado. No primeiro dia do Curso, 16/03/2016, em uma tarde de muito calor, Madalena Torres e Danielle Estrela foram recebidas, na Regional de Brazlândia, com muita amorosidade e agradecimento, por Ogla Gercina e Ronilson (Coord. da EJA). Contou-se com a presença de 17 pessoas, que atuarão na área urbana e na área rural. Antes das autoapresentações, com o objetivo de sanar as dúvidas e dificuldades, foi feito um momento de esclarecimentos sobre o edital e sobre o curso de formação. Em seguida, Madalena Torres propôs a dinâmica da "boneca" para auxiliar na memorização dos nomes das pessoas da turma. O primeiro fala o seu nome, o nome da boneca e passa ela a adiante. O próximo repete o nome do(s) anterior(es), fala o seu, o da boneca e passa novamente, sucessivamente até que todos tenham se apresentado e o último repita o de todo mundo. Em complementação à dinâmica, ela propôs também que cada um falasse sobre a história e o significado do seu nome. Surgiram palavras como: luz, alegria, determinação, perseverança, coragem, magnitude, persistência, poder, mar, amor, dentre outras.
Partindo para o debate propriamente dito, Madalena trouxe três questões: "Quem são as pessoas não alfabetizadas?", "Por que são?" e "O que muda na vida delas, após serem alfabetizadas". A turma foi dividida em três grupos menores para respondê-las dentro do grupo (por 30 minutos) pra depois apresentar cada resposta à plenária. Às 15h, a Regional proporcionou um lanche delicioso e, a exemplo do curso de formação em Ceilândia/DF, foi proposto aos participantes que se fizesse uma escala de lanche entre os presentes para dividir as despesas e proporcionar a interação entre pessoas, Após 10 minutos, todos voltaram para o círculo maior e, com o debate, a turma fez as seguintes colocações: Pessoas não alfabetizadas são trabalhadores e trabalhadoras as que não se alfabetizaram "no tempo certo" ou não tiveram oportunidade de frequentar a escola quando crianças, sobretudo, pessoas menos favorecidas econômica e socialmente, descendentes de escravos, indígenas, ciganos, migrantes estrangeiros; por trabalho cedo, gravidez precoce, distância, falta de transporte, falta de políticas públicas, questões de gênero como a cultura do machismo, questões sociais, pois a escola, por um tempo era só para os ricos, dentre outras razões. Chegou-se a conclusão que a alfabetização, quando trabalhada na perspectiva freireana, possibilita a transformação tanto do alfabetizando quanto do alfabetizador. Gera autonomia e contribui para uma maior independência em vários aspectos. Passam a se sentir incluídos no mundo e agentes de transformação da sua realidade, ou seja, se sentem mais cidadãos atuantes. Após fechar as questões, Ogla Gercina deu alguns informes. Por fim, Madalena Torres exibiu o filme Paulo Freire para debate no dia seguinte. O registro das fotos foram feitas pela Danielle Estrela, membro da Equipe do Portal dos Fóruns de EJA do Brasil.
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