No fim da tarde de sábado (10/05/2025), às 17:00, ocorreu a reunião na sala Multiuso 2 do Polo de Extensão/Núcleo de Prática Jurídica-NPJ, objetivando discutir a viabilidade da implantação de Cursos noturnos no campus da UnB - Ceilândia. Participaram da reunião representantes do Centro de Educação Paulo Freire de Ceilândia – Cepafre, do Comitê Popular Pe. Antônio; da Direção da UnB – Ceilândia; do Grupo de pesquisa Consciência (FE/UnB); do Instituto Cultural Menino de Ceilândia; do Movimento Popular por uma Ceilândia Melhor (Mopocem); do Movimento Salve Arie JK/Rio Melchior; do Projeto de Extensão Pós-populares (FE/UnB) e; representantes dos estudantes da UnB - Ceilândia.
A reunião foi coordenada por Pedro de Oliveira Lacerda - presidente do Cepafre, que propôs uma reunião objetiva e propositiva com falas de até 3 minutos. Propôs também que a Vice-diretora Laura Davison Mangilli Toni, da UnB Ceilândia falasse sobre a viabilidade de ocorrer os cursos noturnos no Campus de Ceilândia e que Maria Madalena Tôrres, da diretoria do Cepafre, rememorasse a luta pela universidade pública em Ceilândia. A Vice-diretora Laura Davison falou brevemente da reunião ocorrida na terça-feira (06/05/2025), no campus com a representação do movimento, reunião solicitada por Nelson Moreira Sobrinho, associado do Cepafre e representante do Gabinete do deputado distrital Chico Vigilante. Disse ter lido o documento que Madalena Tôrres apresentou na referida reunião e tomou conhecimento da luta dos movimentos populares de Ceilândia. Afirmou ser um compromisso da direção apoiar as reivindicações do movimento, pois estrutura já existe, mas ponderou sobre dificuldades de organização do corpo docente, segurança para o campus, orçamento, quais os cursos, quantas turmas, pois tudo precisa de recursos.
Madalena relatou que os movimentos sempre lutaram pela existência de uma universidade pública em Ceilândia e foi uma negociação intensa do Movimento Associação Pró-Universidade Pública de Ceilândia (Amopuc), na década de 80. O embrião da UnB em Ceilândia veio para a cidade, por via da Extensão, pela educação, geografia, serviço social, saúde, direito, entre outros. Assim, o primeiro espaço foi cedido pela Administração Regional de Ceilândia para a UnB no antigo Quarentão, em duas salinhas minúsculas. Já em 1988, foi inaugurado o novo prédio da UnB, o Núcleo de Extensão, depois foi enfraquecendo a política de extensão, sendo o prédio assumido pelo Direito, como Núcleo de Prática Jurídica. No entanto, em 5 de dezembro de 2022, foi retomado o espaço da extensão, com reinauguração do Polo de Extensão, no 1º andar, com abrangência também para Taguatinga, Samambaia, Sol Nascente e Pôr-do-Sol, já na segunda gestão da reitora Márcia Abrahão (2020 a 2024), tendo Olgamir Amancia Ferreira como Decana de Extensão.
O professor Erlando da Silva Rêses da Faculdade de Educação solicitou que Renato Hilário dos Reis relatasse, por cinco minutos, como foi a implantação de cursos noturnos na FE. Segundo o professor, não foi fácil, mas começou com aqueles professores que atuavam na extensão, com poucas turmas e depois foi expandindo, mas que é importante o movimento saber que cursos não começam sem recursos, por isso tem que entrar no orçamento de 2026, ter os docentes que irão atuar no noturno, preparar o currículo, as ementas dos cursos e tudo mais que é necessário ao seu funcionamento. Ressaltou também a importância de saber como a comunidade deseja o curso, se é como os cursos do Campus Darcy Ribeiro ou com viés mais popular.
Pedro abriu o segundo momento para as falas dos demais participantes da reunião. Depois de um rico e intenso debate, chegou-se às seguintes deliberações:
1. Realizar um seminário sobre a viabilidade de funcionamento de Cursos noturnos no campus da UnB – Ceilândia;
2. Realizar uma nova pesquisa/levantamento com alunos do Ensino Médio (regular), do 3º Segmento da EJA e comunidade em geral;
3. Marcar uma conversa com a Reitora e o Decano de Graduação;
4. Realizar um documentário sobre a luta dos movimentos pela universidade em Ceilândia e a importância do funcionamento do campus da UnB na nossa cidade, no noturno;
5. Conversar com a ADUnB para saber sobre carga horária e dedicação exclusiva do(a) docente;
6. Ter a preocupação com a inclusão do público 60+ na forma de ingresso aos cursos;
7. Pensar sobre a viabilidade de uma Audiência Pública;
8. Formar uma comissão com representantes do Cepafre, Mopocem, Mopuc, Pós Populares (projeto de extensão), grupo Consciência (FE/UnB), estudantes e da Direção da UnB Ceilândia, para encaminhar as deliberações acima.
A reunião foi encerrada às 18:20, com o grupo muito animado e com foto do coletiva.
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