segunda-feira, 26 de maio de 2025

Formação continuada: História de vida, trabalho e lutas coletivas em Ceilândia – 23/05/2025

Na noite de sexta-feira, 23 de maio de 2025, às 19h, foi realizada mais uma edição da formação continuada com foco em “História de vida, trabalho e lutas coletivas em Ceilândia”, no grupo de Alfabetizadores(as) de Jovens e Adultos. A atividade começou por volta das 19h45, após o lanche e teve como convidada a professora Maria Aparecida Vieira, mais conhecida por Plis. 
Desde o início, a noite prometia ser uma verdadeira viagem no tempo. Ao entrar na sala, o grupo se deparou com uma ambientação especial, organizada por década, dos anos 30 aos dias atuais, representada com livros, revistas, imagens e objetos que marcaram cada época. Plis convidou o grupo a caminhar, observando a exposição, a fim de mergulhar na memória de cada época.


Plis distribuiu uma folha em branco e uma cartolina verde. No centro da sala, havia uma grande árvore exposta no chão, que serviria como referência para a dinâmica. Primeiro, ela contou a história de seu nome e codinome Plis, compartilhando também sua trajetória de vida.
A dinâmica proposta era simples, porém muito significativa: escrever as origens de cada um na folha em branco e o nome na folha verde, para afixá-los na árvore. Em seguida, cada pessoa se apresentou, falando de suas origens e de como estas moldaram a história de cada um.
A professora conduziu uma reflexão sobre como o grupo formou suas impressões do mundo, destacando a influência da história, da política e das experiências de vida, em nossas identidades. Ela compartilhou o método de aprendizado que aprendeu com sua mãe, muito semelhante ao “Ver, julgar, agir e avaliar”, desenvolvido pelo padre belga Joseph Cardijn, muito semelhante ao proposto por Paulo Freire na educação libertadora.



Na sequência, Plis falou que sua história foi forjada nos preceitos da Teologia da Libertação, movimento que luta por igualdade de direitos para todos e opção pelos pobres, defendida no Brasil. principalmente por Leonardo Boff e Frei Betto. Relatou ainda a criação do Cineclube “Pé no Chão”, que levava filmes para a comunidade e promovia momentos de reflexão coletiva.
"Uma luta puxa outra", disse ela, mostrando como cada passo em direção à transformação social é construído coletivamente. Plis encerrou seu relato com emoção, compartilhando sua trajetória de enfrentamentos e conquistas e abriu o diálogo para que todos falassem sobre suas impressões da viagem no tempo.
Plis colocou uma mochila obre a árvore e pediu que cada pessoa dissesse algo simbólico que levaria nela. Muitas palavras foram ditas, mas a que mais ressoou foi "afeto". Afinal, sem afeto, nada acontece.
Juntos cantaram a música “O que é, o que é?”, de autoria do Gonzaguinha e finalizaram o encontro com o coração cheio de alegria e a certeza de que, na educação, o tempo vivido e partilhado, é sempre um ato de resistência.
Com isso, a professora ponderou sobre as impressões que o grupo apresentou daquelas lembranças de época, discorrendo sobre história e tudo que influenciou as experiências de vida, questões políticas e revolucionárias ou não, no conceito de sociedade.
A direção agradeceu Plis pela brilhante condução do tema e Pedro Lacerda, presidente da entidade, Madalena Tôrres (integrante da Diretoria do Cepafre) e Adriana Dias (coordenadora pedagógica) informaram sobre visitas pedagógicas às turmas, ausências na formação, oficinas de vídeos e escolhas dos temas para os vídeos que serão concretizados.

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