Na tarde de sexta-feira (25/8), Madalena Torres
(CEPAFRE) e Viridiano Custódio de Brito (Coordenador do MOPOCEM) foram ao
Assentamento Gabriela Monteiro (MST), no Incra 7, Brazlândia, a fim de dialogar
sobre a Ceilândia e a história dos Movimentos Sociais. Houve apresentação de
todos. O grupo é muito jovem e de vários lugares do país. Viridiano começou
falando sobre o Brasil desde o período da república e do desejo que os governos
manifestavam de trazer a capital do Brasil para o Planalto Central. Falou dos
pioneiros que vieram trabalhar na Capital Federal, na construção civil e que,
inicialmente, só os homens vinham. Madalena disse que os trabalhadores foram
retirados da Vila do IAPI, pelos militares, numa "política de
higienização". Esses homens que deram suas vidas construindo espaços
públicos, blocos, apartamentos e casas não tinham direito a nada, a não ser
desocupar o lugar dos ricos e altos funcionários que vieram habitar Brasília.
Viridiano lembrou que num comício em Jataí - GO, um
senhor perguntou a JK se ele construiria mesmo Brasília no Planalto Central e
ele se comprometeu que o faria e fez. Explicou que chegou menino em Ceilândia,
acompanhou sua mãe para a luta dos Incansáveis Moradores de Ceilândia, da sua
participação na Associação dos Inquilinos, do início da Expansão do Setor
"O", até a participação como coordenador da Central dos Movimentos
Populares. Madalena Torres faz uma panorâmica da Ceilândia hoje, sua população,
sua economia, a cultura, a política, a situação ambiental, a saúde e
contextualiza a Ceilândia com o MOPOCEM. Viridiano retoma a palavra falando das
conquistas do MOPOCEM e Madalena fala da educação popular realizada com base
nos princípios de Paulo Freire. Mostra 3 banners e explica o contexto de cada
um. O grupo faz uma parada para o lanche, depois retorna para o debate e
esclarecimentos. A atividade encerrou-se às 17h.
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