quinta-feira, 9 de julho de 2020

Formação por meio de Live para o “Primeiro Segmento da EJA: os desafios e as possibilidades do retorno às aulas” - (08/07/2020)

Na noite de 08/07/2020 (quarta-feira), às 19h, ocorreu uma uma formação por meio de uma live para o “Primeiro Segmento da EJA: os desafios e as possibilidades do retorno às aulas”, via Google Meet: oow-hfsj-wbx. Este encontro foi planejado pelas CREs de Ceilândia e do Recanto das Emas, mas observou-se que havia pessoas de 14 CREs, com um número expressivo de 200 professores(as), a maioria de Ceilândia e Recanto das Emas. 
A abertura foi realizada por Lilian Cristina da P. e S. Sena - diretora da Diretoria de Educação de Jovens e adultos (Dieja) e a fala de Simone de Almeida Alves de Souza da Unieb. O Professor Elvis Vilela Rodrigues da Coordenação Regional do Recanto das Emas coordenou o encontro organizando a fala de cada palestrante, as perguntas e considerações dos professores e os questionamentos postadas no Chat.



Elvis convidou a professora Maria Madalena Tôrres do Centro de Educação Paulo Freire de Ceilândia (Cepafre) para fazer a fala sobre “busca ativa” na EJA, a partir de sua experiência como educadora popular no Cepafre. A professora falou de três aspectos da busca ativa, quais sejam: utilização dos meios como o 156, opção 2, o balcão das secretarias das escolas que ofertam a modalidade EJA, que são as opções oferecidas pelo governo, mas também, relembrou o Art. 5º da Lei 9.394/96 (LDB, sobre O acesso à educação básica obrigatória que é direito público subjetivo, podendo qualquer cidadão, grupo de cidadãos, associação comunitária, organização sindical, entidade de classe ou outra legalmente constituída e, ainda, o Ministério Público, acionar o poder público para exigi-lo. ("Caput" do artigo com redação dada pela Lei nº 12.796, de 4/4/2013) 
§ 1º O poder público, na esfera de sua competência federativa, deverá: (Parágrafo com redação dada pela Lei nº 12.796, de 4/4/2013)
I - recensear anualmente as crianças e adolescentes em idade escolar, bem como os jovens e adultos que não concluíram a educação básica; (Inciso com redação dada pela Lei nº 12.796, de 4/4/2013)
II - fazer-lhes a chamada pública;

Madalena lembrou que na educação popular a aproximação dos sujeitos da EJA é muito importante, a fim de saber a quem se está buscando; por isso é fundamental realizar o corpo a corpo na comunidade, com visitas às residências, com bate papo informal, carro de som, mídia apropriada para o chamamento do público da EJA, cartazes a serem afixados no comércio local, visitas a locais coletivos como prefeituras comunitárias, associações, avisos nos finais das missas, cultos, centros espíritas etc. 

A professora Eliane Maria Sarreta deveria ser a próxima a falar, contudo teve um problema e não pode participar. Houve a apresentação de um vídeo “Escola em Casa – Juntos na EJA”, a primeira fala no vídeo foi da prof. Leda Bitencourt, sobre as preocupações com a Educação em tempos de pandemia, aulas na plataforma, aulas veiculadas pela TV e atividades impressas, além de incentivar os alunos a não desistirem, a fim de realizar seus sonhos como tirar a carteira de motorista etc. Depois, a professora Mohara Guimarães deu continuidade falando sobre a importância de todos retornarem à escola, mas de um jeito diferente, por enquanto ficando em casa, mas acessando o conhecimento por meio virtual e apresenta a 1ª aula. 

A professora Marli Vieira Lins de Assis trouxe uma vídeo aula com um exemplo a partir da história de vida do Senhor Francisco dos Santos Galisa de 44 anos, nascido em Timon-MA. Desde 8 anos trabalhava na roça e não pôde estudar, fazia  parte de uma família numerosa. Com 23 anos de idade veio para a cidade de Sobradinho morar com o primo Tião e conseguiu emprego de jardineiro. Se casou e foi morar em Samambaia, estudou e aprendeu a ler e a escrever.

A partir dessa história Marli propõe trabalhar as vogais do nome de Francisco, o nome completo, as consoantes, os sons da palavra, a origem do nome, identidade, outras histórias de vida, os conhecimentos matemáticos na realidade social, como a idade, os números da vida, números pares e ímpares, antecessores, sucessores, as operações matemáticas e até sistema monetário. A história de vida pode estar em áudio, pode ser narrada, pode perguntar se de onde Francisco veio é perto ou longe, aí entram conceitos geografia de distância, o mapa com os estados. Questiona-se até onde podemos ir com os estudos, se podemos melhorar como pessoa e melhorar de vida.
O último momento foi de perguntas e surgiram várias que foram devidamente respondidas e esclarecidas pelas professoras palestrantes, por Leda, Lilian e Simone.


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