segunda-feira, 2 de setembro de 2019

30 anos de fundação do CEPAFRE – Ceilândia – (2/9/2019)

Hoje, 2/9/2019, comemora-se 30 anos de existência do CEPAFRE – Ceilândia. Ter sido uma de suas sócias fundadoras em 2 de setembro de 1989, foi uma grande honra, portanto, escrevo esse texto, por ser parte integrante desta história, na Alfabetização de Jovens e Adultos, antes mesmo da criação do CEPAFRE, quando ainda era o Núcleo Paulo Freire de Alfabetização de Adultos, além de ter participado do trabalho intenso na alfabetização  de mais de 15 mil pessoas.

Agradeço aos professores (as), quais sejam: Ana Maria Jacobino, Erasto Fortes Mendonça, Laura Maria Coutinho, Maria Luiza Pinho Pereira, Renato Hilário dos Reis, que proporcionaram o trabalho com o "Método" Paulo Freire, desde 1985. Agradeço ao grupo Jovens em Buscas de Algo Mais (Jebam), da Paróquia N. Senhora da Glória, à época, coordenado por Vânia Maria Rego, em 1986 e também a todos (as) que, ao longo desses 30 anos, vêm tornando o cotidiano de pessoas não  -alfabetizadas mais feliz. Aos professores das Faculdades de Educação e do Direito  - NPJ/UnB, devemos muito, muito...E também com os projetos de extensão que só engrandecem a Ceilândia. Aos gestores da Coordenação Regional de Ensino de Ceilândia. Ao Sinpro e ao Sindsep. Aos deputados (as) Arlete Sampaio e Chico Vigilante e, aos nossos (as) doadores(as)/ colaboradores(as) que nos ajudam a manter o trabalho...
Aos educadores e educadoras, guerreiros e guerreiras que estão com as turmas em funcionamento, todavia sem nada receberem, por falta de recursos. Aos alfabetizandos(as) que dão vida e significado ao Cepafre.

A todos, afirmo que, a vida no CEPAFRE, é um amálgama de alegria e, às vezes, de angústia, por falta de mais apoio à educação popular. Entretanto, o que prevalece é a alegria de vermos pessoas contentes, "lendo o mundo e escrevendo o mundo", como dizia o mestre Paulo Freire.

Enfim, peço a Deus que abençoe com muita força todos(as) aqueles (as), sócios, educadores, diretores, simpatizantes, doadores, colaboradores que tiram um pouquinho de si, para tornar grandioso, o trabalho coletivo! Abençoe os valorosos (as) companheiros (as) do Cepafre que atuam no Movimento Popular por uma Ceilândia Melhor (Mopocem), defendendo a pauta da saúde, meio ambiente, educação, segurança, transporte/mobilidade, trabalho e emprego, bem como nos projetos de extensão, Centro de Memória Viva, Grito Social das Águas,  Quintas Urbanas e Pós- populares.

Encerro relembrando novamente Paulo Freire, quando diz: “se a educação sozinha não transforma a realidade, sem ela tampouco a realidade muda”.

Por Maria Madalena Tôrres - Vice-presidente do Cepafre

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