Na manhã do dia 31/10/2017, às 10 horas, reuniram-se com o Secretário Adjunto Dr. Daniel Seabra, na Secretaria de Estado de Saúde do DF, as representantes do MOPOCEM, Marilia Vieira Marques e Sandra Cordeiro da Silva, a Presidente do Conselho Regional de Saúde de Ceilândia, Andrecinda Pina, o Deputado Cláudio Abrantes e sua Assessora parlamentar Shurama, a fim de tratar da construção do 2ª hospital de Ceilândia e dos trâmites legais para a implantação do projeto arquitetônico para essa construção.
Após a exposição de motivos da importância da construção do segundo hospital de Ceilândia pelas representantes do MOPOCEM e pela Presidente do Conselho Regional de Saúde de Ceilândia, o deputado Cláudio Abrantes (sem partido/DF) ressaltou seu compromisso com o MOPOCEM e ratificou ao Secretário esta demanda da sociedade em relação às inúmeras dificuldades encontradas pela população ceilandense quando procura atendimento na rede pública de saúde, tanto na atenção primária como no atendimento de urgência.
Ressaltou, ainda, que os governos passam e os mandatos também, o que neste caso, poderia ser bem mais viável a elaboração do projeto arquitetônico e a partir daí, se trabalhar na construção do segundo hospital. Para isso apresentará uma emenda ao Orçamento do Distrito Federal no valor de R$ 1.000.000,00( um milhão de reais).
Segundo o deputado, a NOVACAP está a disposição, mas necessita do projeto fundamentado pela Secretaria de Saúde. Logo após o Secretário-Adjunto, senhor Daniel Seabra, disse que todos ali têm o mesmo propósito, trabalhar e trabalhar, pois todos nós queremos um SUS melhor para a Ceilândia.
Ele defendeu a importância do trabalho que vem sendo feito no sentido da ampliação da cobertura de Saúde da Família no Distrito Federal, e disse ainda que, estimativas apontam que entre 65% e 80% dos pacientes que ocupam as emergências dos hospitais poderiam ser atendidos na Atenção Primária.
Segundo o Secretário, o projeto em curso no DF prevê uma divisão das áreas de cobertura, de modo que cada grupo de 3.750 pessoas passe a ser atendido sempre pela mesma Equipe de Saúde da Família. Cada equipe é formada por um médico, um enfermeiro, técnicos de enfermagem, equipe de saúde bucal e agentes comunitários de saúde.
Ressaltou, no entanto, que este projeto de aprimoramento, com resultados visíveis, na Atenção Primária, é ao longo prazo. Existem outras questões/problemas que não são cobertas pela Atenção Primária. E que é real esta situação problemática levantada pelas integrantes do MOPOCEM, no que tange ao número de pessoas atendidas no Pronto-Socorro, condições insalubres e espaço inadequado para cada paciente, desrespeitando nas normas/resoluções da ANVISA. Comentou, no entanto, que esta situação é geral, e é encontrada, na maioria dos hospitais do DF e, também, no Brasil. Para ele, a falta de recursos financeiros para resolver esta situação problemática é fato, e que a crise econômica agravou todos estes problemas abordados, dificultando ainda mais a possibilidade de solução em curto prazo.
Outra questão levantada é sobre o atendimento de pessoas que são do entorno, que compõem a RIDE - Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e que um levantamento apontou que 29% das pessoas internadas não são do DF, superlotando nossos hospitais ainda mais. Para tentar amenizar esta questão, no último dia 26/09, foi assinada uma carta de intenções pelos Secretários de Saúde que compõem a Ride, de modo a integrar ações de saúde entre Distrito Federal, Minas Gerais e Goiás. Uma das propostas do documento é a reativação de câmaras técnicas e reuniões periódicas para firmar compromissos mútuos.
Sandra Cordeiro (MOPOCEM) questionou sobre a demora na marcação de atendimento das especialidades do ambulatório, principalmente no atendimento da Geriatria.
O Secretário respondeu que a SES apresentou, no último dia 20/10, uma plataforma Excel inteligente criada pelos servidores da pasta para estimar as necessidades da população segundo os Parâmetros da Programação Assistencial, do Ministério da Saúde. Segundo ele, o redimensionamento será feito com base nos dados inseridos no sistema, como unidades da rede, população e número de equipamentos. Desta forma, ficariam demonstradas as demandas ambulatoriais mais recorrentes de cada regional. Esta ferramenta teria a finalidade de auxiliar o planejamento das ações, tentando desafogar e atender mais rapidamente a população.
Em relação à reforma do Centro de Saúde n.º 11 de Ceilândia, com bastante atraso, o Secretário disse que estavam com problemas com a empresa que foi contratada para fazer a reforma, mas que a Secretaria estava concentrando esforços para que este problema fosse resolvido o mais rápido possível.
Ao final, agradecemos pela oportunidade de estarmos ali debatendo, procurando soluções para melhor o atendimento médico em nossa cidade. O deputado Cláudio Abrantes comprometeu-se em apresentar uma emenda parlamentar que será destinada na elaboração do Projeto Arquitetônico do segundo Hospital e a Secretaria de Saúde comprometeu-se a fazer a análise técnica do projeto e remeter à NOVACAP, para a execução do mesmo.
Foi entregue nas mãos do Secretário-Adjunto Daniel Seabra os seguintes documentos:
1) Ofício n.º 33 – MOPOCEM, de 31/10/2017;
2) Carta Aberta de Entidades e Movimentos Sociais em favor dos usuários do SUS de Ceilândia;
3) Carta Reivindicatória e;
4) O abaixo-assinado pela Construção do Novo Hospital de Ceilândia com 4.425 assinaturas.
Vale ressaltar que as participantes do MOPOCEM, Marília Vieira e Sandra Silva são sócias do Centro de Educação Paulo Freire de Ceilândia (CEPAFRE) e pelo CEPAFRE participam do MOPOCEM.
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