Na noite de sexta-feira, 15 de agosto de 2025, às 19h25, ocorreu mais um encontro de formação do Cepafre. Magnólia iniciou a reunião informando sobre o aniversário da instituição, que será comemorado no dia 27 de setembro, e pediu que os alfabetizadores preparassem uma atividade especial para a festa. Em seguida, Adriana começou a falar sobre numerização, relembrando a leitura do Caderno de Alfabetização, entre as páginas 51 e 58. Ela mostrou os materiais disponíveis para o trabalho e iniciou a apresentação contando a história inicial dos números, explicando onde tudo começou. Utilizou o mapa-múndi para mostrar os locais de referência e, aproveitando o momento, Magnólia entregou mapas aos alfabetizadores presentes. Eles foram convidados a explorar o mapa junto com os alunos, falando sobre regiões do Brasil, estados, as áreas com água e as partes geladas.
Adriana voltou a falar sobre como era a contagem dos números no início do mundo, que, segundo ela, começou com a contagem de animais, utilizando pedras e buracos. Depois, ela trouxe a sapateira e mostrou como utilizá-la para ensinar matemática. Com o uso de canudos e números impressos, fez operações com os alfabetizadores, começando pela primeira casa da sapateira, que representa as unidades (de 1 a 9). Enfatizou a importância de trabalhar os números de 1 a 9, apresentar a operação por extenso e registrar todas as perguntas e respostas feitas durante a atividade. Um exemplo foi dado: “A família da Ana Clara tem 3 pessoas e a do Lucas tem 6 pessoas. Quantas pessoas há ao todo?” A operação foi escrita como 3 + 6 = 9, e a resposta, “Ao todo, são 9 pessoas.” Adriana ressaltou a importância de sempre ler tudo junto com os alfabetizandos, deixar que eles ditem as palavras e, depois, registrar todo o conteúdo.
Logo após, Lucas foi ao quadro para trabalhar a segunda casa, a casa das dezenas. Ele fez uma operação com 5 maçãs, que foram colocadas na casa das unidades, e depois separou 6 bananas, também para a casa das unidades, em um buraco abaixo onde estavam as maçãs. Adriana alertou que, nesse momento, não se deveria usar a palavra “menos” e Lucas usou a palavra “juntar” para explicar a união das frutas. Perguntou: “Se juntarmos todas as frutas, com quantas ficaremos?” Contando os canudos juntos, chegou-se ao total de 11 frutas. Lucas então demonstrou o monte que representa a dezena, explicando que ele iria para a segunda casa, a casa das dezenas, e mostrou onde ficaria a única unidade que sobrava. Adriana pediu que os alfabetizadores sempre relatassem usando expressões como “uma dezena” ou “um monte de dez”, além de sempre mostrar o sinal de adição (+). As operações, segundo ela, devem ser simples no início, e as contas feitas por extenso com calma, para facilitar o entendimento dos alunos. Outro exemplo trabalhado foi: “Ana comprou 5 maçãs e Magnólia, 6 bananas. Quantas frutas elas compraram ao todo?” A operação foi 5 + 6 = 11, com a resposta “Ao todo, são 11 frutas.”
Adriana apresentou mais uma operação de adição para reforçar o uso da sapateira e a linguagem que deve ser usada com os alunos. Depois, a conversa voltou para a história dos números. Em seguida, Adriana começou a explicar a subtração, usando um exemplo simples: “Na casa do Lucas, havia 7 pessoas. Três foram viajar. Quantas pessoas ficaram?” A resposta foi 4 pessoas, e a operação escrita por extenso, reforçando a importância de usar sinais matemáticos desde o início. Também fizeram outra operação simples de subtração e apresentaram o sinal de menos (-). Logo depois, trabalharam uma operação de “pegar emprestado”: se temos 25 e queremos tirar 18, não colocamos canudos na casa de baixo, porque estamos subtraindo, não somando. O resultado foi 7. Ainda fizeram outras operações de subtração para fixar o conteúdo.
O encontro foi muito produtivo, mostrando que, com criatividade e materiais simples como sapateira, canudos e mapas, é possível tornar o aprendizado da matemática mais significativo e atraente para as crianças. A contextualização histórica aliada à prática concreta favorece a construção do conhecimento de forma clara e divertida.
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