Na noite de 28/03/2025 (sexta-feira), às 19h20, ocorreu mais um encontro do projeto "Alfabetização e Linguagem do Cinema". A formação foi conduzida por Pedro, que apresentou a professora Maria Luiza Pinho Pereira, da Universidade de Brasília (UnB). Para iniciar o debate, cada participante compartilhou sua relação com a obra de Paulo Freire.
Adriana, alfabetizadora popular há quase 30 anos, busca aprofundar seu conhecimento sobre liberdade e autonomia. Célia, ex-alfabetizadora e associada do Cepafre, já leu diversas obras de Freire. Magnólia, professora aposentada, destacou a importância do conceito de autonomia. Edmilson, vice-presidente do Cepafre, mencionou a inspiração que Freire representa e sua relação com seu pai. Cibele, trabalhadora do SUAS, enfatizou as obras "Pedagogia da Autonomia" e "Pedagogia do Oprimido". Suhelem conheceu Freire por meio da professora Maria Luiza e destacou "Educação e Mudança". Outros participantes também compartilharam experiências e reflexões sobre o legado do educador.
Maria Luiza ressaltou a importância da dialogicidade na educação, contrastando com o modelo bancário. Contou sua experiência ao conhecer Paulo Freire em 1963, enquanto cursava Serviço Social em Salvador. Narrou a trajetória de Freire, desde sua formação em Direito até seu papel como educador e exílio após o golpe militar. Durante esse período, ele escreveu "Pedagogia do Oprimido", sua obra mais densa, posteriormente retomada em "Pedagogia da Esperança".
A professora também trouxe a discussão sobre os desafios contemporâneos da alfabetização, considerando as novas tecnologias e o fenômeno das fake news. Destacou as "andanças" de Freire pelo mundo, especialmente pela África, e a constante contestação de sua obra, inclusive em espaços acadêmicos. Citou conceitos fundamentais para compreender seu pensamento: classe social, movimentos sociais, subjetividade, conscientização e educação popular.
No debate, Adriana observou que Paulo Freire nunca foi tão necessário diante da disseminação de desinformação. Edmilson ressaltou a relevância da ciência, mesmo em tempos de negação do conhecimento. Jacira questionou sobre o processo de conscientização em um mundo marcado por violência e desastres. Maria Luiza exemplificou a coexistência de processos contraditórios na humanidade, comparando movimentos históricos e geopolíticos.
O encontro encerrou-se com recomendações de leituras e vídeos que ampliam a compreensão sobre o pensamento freiriano e sua atualidade. A formação reafirmou a importância da educação crítica e emancipatória para transformar a sociedade.
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