sexta-feira, 26 de abril de 2024

Curso de Formação Inicial de Alfabetizadores(as) e Educação de Jovens, Adultos e Idosos - 25/04/24

Na noite de 25/04/2024(quinta-feira), às 19h, Adriana Dias de Freitas deu início ao curso de Formação Inicial. Os cursistas receberam orientações da coordenação para realizar uma leitura resumida das páginas 07 a 15 do caderno  “Alfabetizar é libertar”. Esta leitura tinha como objetivo apresentar as seguintes temáticas: 
  • 1- Círculo de cultura - p.09
  • Fluxograma- p.11
  • 2 - Como organizar o círculo de cultura? - p.12
  • - Levantamento/ Pesquisa do Universo vocabular- p.12
  • Seleção das Palavras geradoras- p.13
  • Possibilidade figurativa- p. 13
  • - Problemática existencial- p. 13 
  • Dificuldade fonêmica – p.14   

Às 19h10min, foi iniciada a apresentação sobre a etimologia dos nomes de cada cursista, na qual os participantes tiveram a oportunidade de compartilhar a origem de seus próprios nomes. A coordenadora Adriana distribuiu palavras geradoras, enumerando-as de 1 a 15, a saber: Religião, Filho, Televisão, Trabalho, Lixo, Eleição, Vizinho, Máquina, Escola, Chuva, Comida, Lote, Secura, Barraco e Associação. Madalena apresentou o dicionário etimológico das palavras, contendo os significados da origem das palavras e suas mudanças ao longo dos séculos, destacando que muitas delas têm origens em outros idiomas, sendo o português uma língua que evoluiu ao longo do tempo, especialmente, a partir de influências do português de Portugal.
As palavras “Religião” e “Trabalho” foram enfatizadas durante a discussão: “Trabalho” é derivado da palavra "tripallum", que remonta a uma forma de trabalho forçado, enquanto “Religião” é entendida como um conjunto de práticas e crenças relacionadas à divindade. A etimologia, explicou-se, é o estudo do significado das palavras, o qual pode variar de acordo com a cultura em que se está inserido.  
A coordenadora Madalena, então introduziu as perguntas do caderno de alfabetização, destacando a importância de ler a apresentação sobre a pedagogia emancipadora, uma abordagem que contribui para a execução de políticas públicas. Ela também reconheceu e agradeceu o trabalho das professoras Laura Coutinho e Maria Luiza Pereira, que colaboraram no desenvolvimento do caderno de alfabetização.  


Madalena conduziu uma discussão sobre o que é um círculo de cultura, com os cursistas, destacando que se trata de encontros nos quais os participantes compartilham suas experiências de forma igualitária, quebrando assim as hierarquias tradicionais da sala de aula. A leitura do primeiro parágrafo da página 10 do caderno ressaltou que o Circulo de Cultura transmite uma energia positiva na educação, sendo construído por laços de sinergia, que é a combinação de forças que geram um efeito maior do que a soma das partes.
 
Foi discutida a diferença entre Chronos e Kairós, sendo o primeiro relacionado aos tempos tradicionais e fechados, enquanto o segundo refere-se a uma compreensão mais ampla do tempo, caracterizado por uma sinergia positiva. O método  foi mencionado como uma forma de provocar perguntas nos alfabetizandos.
Ocorreu um debate sobre a interação do fluxograma, destacando-se que o coordenador atua como mediador e provocador das discussões, enquanto as perguntas impulsionam o debate. Uma vez iniciada a discussão, não é mais necessário que o coordenador impulsione os participantes do Círculo de Cultura, pois os participantes já estão interagindo entre si.  
A seleção das palavras geradoras deve caracterizar a realidade dos alfabetizandos, relacionando-se, por exemplo, com o trabalho, que pode estar associado à atividade como limpeza, alimentação e uso de ferramentas, entre outros aspectos. Deve-se ter cautela ao escolher as palavras geradoras, garantindo que estejam relacionadas ao contexto da cidade e do Círculo de Cultura, considerando as dificuldades fonêmicas, que representam quase todos os sons da língua. É recomendável evitar a reprodução excessiva para não sobrecarregar os alfabetizandos, e o uso de imagens pode ser uma ferramenta útil, exemplificado por um cartaz de futebol com a palavra "Jogo" abaixo da imagem, que pode ser explorada de forma figurativa.
Durante a dinâmica, a coordenadora Madalena orientou os participantes a trocarem de lugar e a se movimentarem pela sala, com uma brincadeira de eliminação para aqueles que rissem, seguida de um jogo envolvendo “copinho” e “copão” para animar o grupo. Em seguida, apresentou uma camiseta com uma frase de Paulo Freire na parte de trás, sugerindo que cada participante trouxesse uma frase para o próximo encontro. Uma atividade adicional envolveu os participantes tentando lembrar o nome de todos que pegaram a camiseta de Paulo Freire, realizando uma dança para os que errarem. 
Quanto à confecção de materiais, a coordenadora Adriana demonstrou diversos recursos desenvolvidos para trabalhar com os alfabetizandos, destacando a importância de manter as vogais e consoantes alinhadas para facilitar a compreensão. Foram apresentados jogos de cartazes com 19 palavras geradoras, permitindo o trabalho com duas palavras por semana. Além disso, é relevante considerar o material utilizado pelos alfabetizandos para complementar as aulas e atividades, sem necessariamente seguir um modelo fixo do alfabeto brasileiro.
Adriana também trouxe materiais de jogos, como tampinhas de garrafa, palitos e sapateiras, para representar números, enfatizando a importância do planejamento e da variedade de recursos para os encontros. Destacou-se a importância de equilibrar a escrita e a leitura, conhecer os alfabetizandos individualmente , atentar para suas necessidades e realidade, e incorporar aspectos lúdicos ao processo de alfabetização. O encontro encerrou-se às 22h, com recomendação de leitura.




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