sexta-feira, 3 de julho de 2015

Debate: Quando a água vira mercadoria: do local ao global - (27/6/2015)

Na tarde de sábado (27/6), ocorreu o quarto tema de uma série de debates propostos e organizado pelo Coletivo Sindical Popular e Estudantil de Formação Política, formado pelo SINDSEP-DF e os movimentos: Levante Popular da Juventude, Grupo de Estudos e Pesquisas Consciência FE/UnB, Grupo de Trabalho Pró Alfabetização do Distrito Federal (GTPA Fórum EJA/DF), Centro de Educação Paulo Freire (CEPAFRE), Movimento por uma Ceilândia Melhor (MOPOCEM), Comunidade Sol Nascente, LOCCUS-UnB, Associação Comunitária da Expansão do Setor “O” (ACESO) e o Centro de Cultura e Desenvolvimento do Paranoá e Itapoã/DF (CEDEP).
Para compor a mesa o professor Percí chamou o representante do Sindágua, representante  do MST Chicão, professor doutor Ricardo Bernardes e Gilberto Ribeiro representado o MOPOCEM.
O prof. dr Ricardo Bernardes iniciou os trabalhos falando sobre algumas características da água, que quando congelada flutua no oceano e que a mesma permitiu a vida. Não tem vida sem água, enfatizou. A água equilibra o clima, propicia limpeza. Cada pessoa precisa usar de 80l a 100l de água por dia. A água que falta causa muitas doenças. A água é um bem que não deve estar na categoria de venda. Sugeriu um Fundo Constitucional para pagar a água pois numa comunidade pequena custa muito! Sugeriu que assistíssemos ao documentário “A guerra da água"(disponível neste link). Ressaltou que o País que mais tem água no mundo é o Brasil, mas não é usada de forma adequada.
Francisco do MST agradeceu a presença de todos num debate tão importante! E começou sua fala dizendo que a crise hídrica tem causa e responsáveis. Disse ainda que o bioma cerrado é o mais antigo da história da terra surgido há mais de 70 mil anos! É um bioma grande situado no Planalto. As águas, segundo Francisco, saem do cerrado e vão para o Rio São Francisco, explicou que as raízes das plantas são de floresta invertida. Foi enfático ao dizer que o agronegócio destruiu essas águas. A crise hídrica de São Paulo nasce no cerrado três aquíferos saem do Centro Oeste e vão para São Paulo. Ressaltou que estamos diante de uma grande catástrofe hídrica. Na serra da Canastra a água secou. Os estudos indicam que a crise hídrica de São Paulo está por todo o país. Os poços artesianos sugam toda a água destruindo os lençóis freáticos ao redor. O principal consumidor de água hoje é a agricultura.
O representante do Sindágua disse que em 2002 foi lançada uma campanha nas escolas sobre “A mercantilização da água: sua fonte de vida não é fonte de lucro”. Citou que 92% da água do DF é potável, o Lago Paranoá é uma ameaça e o reuso dessa água será muito caro exigindo tratamento adequado. O Sindágua luta para defender o saneamento público e sobre a Usina Hidrelétrica de Corumbá IV o Sindágua foi contra. Ressaltou que rio São Bartolomeu é mais próximo ao DF e poderia ser utilizado.
Os participantes do debate se dividiram em grupos para elaboração de perguntas, em seguida representantes de cada grupo expôs as perguntas aos debatedores e houve os momentos de respostas e reflexão sobre o mau uso que fazemos todos os dias da água.
O debate aconteceu no (sábado) dia 27 de junho, no Salão do Centro de Cultura e Desenvolvimento do Paranoá e Itapoã/DF – CEDEP localizado na QDA 9, Área Especial 1, Cj. D, Paranoá, com a participação dos companheiros de Ceilândia: Gilberto Nascimento, Alisson Rocha, Maria Modesto, Kelly Guimarães, Gabrielle, Moisés, Luciano Matos, Marilda Medeiros, Vânia Nascimento, Guide, Mauro, Paulo Rocha e Ivanete.







  

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